SISPREPARO
1. CRIAÇÃO
A Divisão de Sistemas e Subprograma foi criada por determinação do Chefe do Preparo, para funcionar a partir de 2024.
2. OBJETIVOS
a. Proporcionar maior agilidade nas respostas às demandas do PREPARO;
b. Facilitar o gerenciamento dos projetos perante a Chefia do Preparo e do Programa Estratégico do Exército (PEE) SISOMT;c. Facilitar a auditoria dos subprojetos em todos os níveis;
d. Possibilitar o melhor emprego e acompanhamento da aplicação dos recursos financeiros;
e. Possibilitar o apoio à decisão à Chefia do Preparo em melhores condições;
f. Permitir o dobramento de meios e o recobrimento das atuais Seções da Divisão;
g. Atender as novas demandas previstas no PEEx 2024/2027, garantindo a qualidade dos processos.
3. ORGANOGRAMA
Para atender as demandas do PREPARO e do PEE SISOMT a DSS estará organizada de acordo com a figura 1, a seguir:
Figura 1: Estrutura Analítica da Divisão de Sistemas e Subprograma
4. ATIIVIDADES DE CADA SEÇÃO/SUBSEÇÃO
4.1 SISTEMAS
4.1.1 SISTEMA DE PRONTIDÃO (SISPRON)
O conceito de prontidão no Exército Brasileiro remonta às suas origens, sendo que sempre esteve presente no dia a dia da Força, seja por ocasião da preparação dos planos estratégicos e operacionais seja pela manutenção de forças que permitissem apresentar, a tempo e local desejados, o poder de combate necessário para fazer face à ameaça que se apresentava.
Com o advento de novas tecnologias, entre as quais as referentes à simulação de combate com o uso intensivo de programas computacionais e dispositivos de realidade virtual, a Força Terrestre optou por sistematizar a preparação de suas forças de prontidão, criando, para tanto, o Sistema de Prontidão Operacional da Força Terrestre (SISPRON).
Tal sistema objetiva, em síntese, implantar uma metodologia única e já comprovada de preparação de grandes efetivos para, mediante rodízio, manter ininterruptamente tropas habilitadas ao cumprimento de todas as missões constitucionais, com destaque para a Defesa Externa e a salvaguarda de interesses brasileiros no exterior, além das já habituais missões interagências.
4.1.1.1 SISPRON – COMPOSIÇÃO E SISTEMÁTICA
O SISPRON é composto pelas denominadas Forças de Prontidão (FORPRON), que nada mais são que Comandos de Divisão de Exército e Brigadas selecionadas (todas as Forças de Emprego Estratégico e algumas Forças de Emprego Geral e de Emprego Imediato), às quais se somam as denominadas Forças Especializadas de Emprego Estratégico e os Módulos de Apoio, conforme consta na Concepção Estratégica do Exército 2024-2027, figuras 2 a 6:
Figura 2: Forças de Emprego Estratégico
Figura 3: Forças de Emprego Imediato
Figura 4: Forças de Emprego Imediato
Figura 5: Forças Especializadas de Emprego Estratégico
Figura 6: Forças Especializadas de Emprego Estratégico
a. A sistemática de certificação dessas forças está assim organizada:
Na Fase 1-Preparação, os efetivos selecionados, entenda-se, todos profissionais, são submetidos a uma sequência de instruções que objetivam nivelar conhecimentos anteriormente adquiridos e prepará-los para a fase seguinte. Como exemplo, podem ser citadas a realização de instruções de capacitação técnica e tática, a execução de toda a série de tiro individual ou com armamentos coletivos, o adestramento enquadrado em uma fração singular ou num sistema de armas até o nível SU (grupo de combate, carro de combate, obuseiro, etc), o reforço no treinamento físico militar e a reciclagem de instruções básicas (primeiros socorros, orientação, camuflagem, etc) entre outras. Esta fase tem duração aproximada de 3 (três) meses. A figura 7 mostra a fase da preparação.
Figura 7: Fase da Preparação.
b. Na fase seguinte, com duração aproximada de 5 semanas e denominada de Certificação, advém o grande diferencial para estas tropas, as quais serão avaliadas por meio do uso Sistema de Simulação do Exército Brasileiro (SSEB), sendo que esta fase é dividida em três subfases: a simulação construtiva, a simulação virtual e o exercício de campanha.
Na simulação construtiva, também chamada de Jogo de Guerra, os Centros de Adestramento (CA) do Exército, situados em Santa Maria-RS e Rio de Janeiro-RJ; submeterão o General Comandante da Grande Unidade (GU), seus Estados-Maiores e os Comandantes de Unidades e Subunidades a um exaustivo processo de verificação da adequação de suas manobras planejadas para uma missão de combate específica. Para tanto, utiliza-se a ferramenta denominada “Programa Combater”, um software que simula problemas militares e faz o papel do inimigo. A figura 8 mostra um exemplo de simulação construtiva.
Figura 8: Simulação Construtiva
c. A próxima subfase tem como alvo os oficiais e sargentos comandantes de pequenos escalões e simula o combate que teriam nos seus níveis, por meio de outro programa computacional, o virtual battlespace 3 (VBS 3). A figura 9 mostra um exemplo de simulação virtual.
Figura 9: Simulação Virtual
d. A última, e considerada como a mais significativa subfase, é o Exercício de Campanha, oportunidade em que toda a tropa (do General ao Soldado mais moderno) irão ao terreno aplicar os aprendizados auferidos nas fases e subfases anteriores. Nesta oportunidade, os CA, por intermédio de observadores, com o apoio de uma força oponente simulada e valendo-se de dispositivos de simulação de engajamento tático (DSET) aplicados a ambos os contendores, avaliarão a performance de todos os participantes, devendo concluir, ao final da mesma, se toda a tropa está apta a adentrar na última fase do ciclo de prontidão. Ao término desta terceira fase, e após a verificação do atingimento dos objetivos propostos, a tropa será certificada pelo Cmdo Mil A enquadrante. A figura 10 mostra um exemplo de simulação viva.
Figura 10: Simulação Viva
Figura 11: Prontidão
Figura 12: Manutenção dos Padrões de Adestramento
4.1.1.2 CONCLUSÃO
Tendo completado quatro anos de sua efetiva implantação nos moldes desenhados no projeto-piloto de 2020, pode-se afirmar que o SISPRON demonstrou ser uma metodologia comprovadamente eficiente para o preparo de tropas com capacidades necessárias ao cumprimento de todas as missões a serem demandadas ao Exército Brasileiro.
Agregando novos Sistemas e Materiais de Emprego Militar (SMEM) com o que há de mais moderno na simulação de combate, é lícito afirmar que as tropas participantes do SISPRON nesses quatro anos tiveram seus graus de adestramento comprovadamente examinados, oferendo à Força Terrestre a certeza de uma desejada soma de qualidade operacional com presteza para o emprego.
Novas demandas foram e outras ainda serão apresentadas à F Ter, motivo pelo qual uma natural adaptação e mesmo modificação em trechos da sistemática hoje aplicada devam ser objeto de estudo sem que a essência do Sistema de Prontidão Operacional da Força Terrestre (preparo, certificação e prontidão operacional sem solução de continuidade) seja alterada.
4.1.2 SISTEMA DE SIMULAÇÃO DA FORÇA TERRESTRE (SSFTer)
O SSFTer compreende o conjunto de recursos humanos e infraestrutura, aplicativos (softwares) e equipamentos de simulação empregados na instrução militar, adestramento, avaliações e certificações de tropas, na tomada de decisão em planejamentos e operações militares, gerenciados pelo Comando de Operações Terrestres (COTER) no contexto do Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT).
O SSFTer tem sua atividade regulada pela Portaria nº 274, de 12 de abril de 2023, alinhada com a missão do Sistema de Simulação do Exército Brasileiro (SSEB) que obedece a Portaria nº 902, de 28 de outubro de 2022. Em síntese, a missão do SSFTer é coordenar as atividades de governança e gestão da simulação de combate no âmbito da F Ter, empregando macroprocessos relativos à Gestão das Aquisições, Gestão de Contratos, Gestão do Ciclo de Vida, Gestão Orçamentária e Gestão do Conhecimento.
A figura 13 mostra alguns equipamentos utilizados nas simulações:
Figura 13: Equipamentos utilizados nas simulações
4.2 SUBPROGRAMA SISPREPARO
4.2.1. REFERÊNCIAS
Toda a organização apresentada a seguir está apoiada na Diretriz Organizadora do Sistema de Preparo da Força Terrestre, de 23 de junho de 2021.
1) Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
2) Lei Complementar nº 97, de 9 JUN 1999, alterada pela Lei Complementar nº 117, de 2 SET 2004, e pela Lei Complementar nº 136, de 25 AGO 2010 - Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas.
3) Decreto nº 7.276, de 25 AGO 2010, aprova a Estrutura Militar de Defesa.
4) Decreto nº 3.897, de 12 AGO 2001, fixa as diretrizes para o emprego das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem e dá outras providências.
5) Decreto nº 99.699, de 6 NOV 1990, cria o Comando de Operações Terrestres (COTER).
6) Decreto Legislativo nº 179, de 14 DEZ 2018, aprova o Livro Branco de Defesa (LBD), a Política Nacional de Defesa (PND) e a Estratégia Nacional de Defesa (END).
7) Portaria Normativa nº 84/GM-MD, de 15 SET 2020, aprova a Doutrina de Operações Conjuntas (volumes 1 e 2).
8) Portaria Normativa nº 3.810-MD, de 8 DEZ 2011, aprova a Doutrina de Operações Conjuntas (MD 30-M-01).
9) Portaria Normativa nº113/SPEAI/MD, de 1º FEV 2007, aprova a Doutrina Militar de Defesa - MD51-M-04.
10) Portaria Normativa nº 578/SPEAI/MD, de 27 DEZ 06, aprova a Estratégia Militar de Defesa (MD51-M-03).
11) Portaria Normativa nº 400/SPEAI/MD, de 25 DEZ 2005, aprova a Política Militar de Defesa (MD 51-P-02).
12) Portaria nº 255/Cmt Ex, de 4 MAR 2020, aprova a Diretriz Estratégica Organizadora do Sistema de Informações Operacionais Terrestres (SINFOTER).
13) Concepção Estratégica do Exército 2020-2022 (EB10-P-01.007).
14) Sistema de Planejamento do Exército (SIPLEx)[1], de 20 DEZ 2019.
15) Portaria nº 1350/Cmt Ex, de 29 AGO 2019, aprova a Diretriz Estratégica Organizadora do Sistema de Informação do Exército (SINFOEx).
16) Portaria nº 242/Cmt Ex, de 28 FEV 2018, aprova o Regulamento do COTER (EB10-R-06.001).
17) Portaria nº 1.550/Cmt Ex, de 8 NOV 2017, aprova as Instruções Gerais para o Sistema de Doutrina Militar Terrestre - SIDOMT (EB10-IG-01.005).
18) Portaria nº 123-EME, de 30 ABR 2019, aprova a Diretriz Organizadora do Sistema Operacional Militar Terrestre – SISOMT (EB20-D-03.018) e dá outras providências.
19) Portaria nº 107-EME, de 12 ABR 2019, aprova os níveis de vinculação das Forças de Emprego Estratégico, dos Centros de Instrução, dos Centros de Adestramento e dos Módulos Especializados ao Comando de Operações Terrestres e dá outras providências.
20) Portaria nº 134/EME, de 8 AGO 2018, aprova a Diretriz de Implantação do Programa Estratégico do Exército Modernização do Sistema Operacional Militar Terrestre - Prg EE SISOMT.
21) Memória, para Decisão nº 001/18-EME/EPEx/AGP, de 3 JAN 2018.
22) Memória para Decisão nº 001/16-EME/EPEx/SGM, de 16 DEZ 2016.
23) Portaria nº 219/COTER, de 13 NOV 2019, aprova a Diretriz Organizadora do Sistema de Prontidão Operacional da Força Terrestre (SISPRON).
24) Portaria nº 147/COTER, de 03 DEZ 2018, aprova o Sistema de Instrução Militar do Exército Brasileiro (SIMEB).
25) Portaria nº 122/ COTER, de 6 Nov 2018, Concepção do Preparo e Emprego da Força Terrestre.
4.2.2. MISSÃO DO SUBPROGRAMA SISPREPARO:
Gerenciar os projetos do programa SISOMT, garantindo a execução das ações necessárias ao preparo da Força Terrestre nas melhores condições.
4.2.3. HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO SISPREPARO
a. Em 2015, a Portaria nº 196/EME inicializou o então Projeto “Implantar um Novo e Efetivo Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)” para atender ao OEE 005 “Modernização do Sistema Operacional Militar Terrestre”, inscrito atualmente no Plano Estratégico do Exército (PEEx 2016/2019 - 3ª Edição).
b. Ainda em 2015, com o objetivo de modernizar o SISOMT foi criado o PROJETO SISOMT constituído pelos seguintes Subprojetos:
1) SISPREPARO (sob a gerência da então 1ª Subchefia - Preparo) - para modernizar o Sistema de Preparo;
2) SISEMP (sob a gerência da então 2ª Subchefia - Emprego) - para modernizar o Sistema de Emprego;
3) SISPRON (sob a gerência da então 3ª Subchefia) - para modernizar o Sistema de Prontidão Operacional; e
4) SINFOTER (sob a gerência da então 4ª Subchefia) - para modernizar o Sistema de Informações Operacionais Terrestres.
c. O EME, por meio da Port nº 270, de 18 JUL 16, emitiu a Diretriz de criação do “Projeto Modernização do SISOMT”.
d. Em 2017, por determinação do EME, por intermédio do Escritório de Projetos do Exército, o PROJETO MODERNIZAÇÃO DO SISOMT foi transformado em PROGRAMA e seus Subprojetos em PROJETOS, exceto o SISPRON, que passou a ser considerado como Ação Complementar.
e. Em 3 de janeiro de 2018, a MEMÓRIA DE TRANSFORMAÇÃO aprovada pelo Chefe do EME, revogou todas as portarias anteriores relativas ao PROJETO/PROGRAMA SISOMT.
f. Mediante Portaria nº 242, de 28 FEV 2018, foram alteradas as denominações das 1ª, 2ª e 3ª Subchefias para, respectivamente, Chefia do Preparo da Força Terrestre, Chefia do Emprego da Força Terrestre e Chefia de Missões de Paz, Aviação / Inspetoria Geral das Polícias Militares. Nessa oportunidade, a então 4ª Subchefia foi extinta e incorporada à Chefia do Emprego.
g. Em 12 de abril de 2019, a Portaria nº 107-EME, aprova os níveis de vinculação das Forças de Emprego Estratégico, dos Centros de Instrução, dos Centros de Adestramento e dos Módulos Especializados ao Comando de Operações Terrestres.
h. Em 30 de abril de 2019, a Portaria nº 123-EME aprova a Diretriz Organizadora do Sistema Operacional Militar Terrestre – SISOMT, consolidando a modelagem de integração dos seus subsistemas: SISEMP, SISPREPARO, SINFOTER e SISPRON.
4.2.4. CONCEPÇÃO DO SISPREPARO
4.2.4.1. Considerações iniciais
a. O Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT) tem como objetivos: a integração das Informações Operacionais; e a orientação, a coordenação e a execução do Preparo, da Prontidão Operacional e do Emprego de Força Terrestre (F Ter). Tem como órgão central o COTER, Órgão de Direção Operacional (ODOp) do Exército Brasileiro e, como integrantes, o Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx) e os Comandos Militares de Área (C Mil A).
b. A doutrina, por intermédio do SIDOMT, tendo o COTER como seu órgão central, é a base de toda a estrutura de preparo, prontidão operacional e emprego do Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT).
c. Sob a luz da Doutrina Militar Terrestre, o SISOMT é formado pelos Sistema de Preparo da Força Terrestre (SISPREPARO), Sistema de Informações Operacionais Terrestres (SINFOTER), Sistema de Prontidão Operacional da Força Terrestre (SISPRON) e Sistema de Emprego da Força Terrestre (SISEMP).
d. O COTER desempenha as atribuições do SISOMT sob a orientação do EME e apoio sistêmico dos Órgãos de Direção Setorial (ODS), especialmente do Departamento de Educação e Cultura do Exército, do Departamento-Geral do Pessoal e do Comando Logístico, e Órgãos de Assistência Direta e Imediata (OADI) ao Comandante do Exército, bem como por intermédio do Sistema de Informações Organizacionais do Exército (SINFORGEx) e do SINFOTER.
Figura 14. Modelagem do SISOMT
e. O SISPREPARO está concebido para viabilizar a Concepção Estratégica do Preparo, sendo condicionado pela Concepção Estratégica do Emprego, ambas integrantes da Concepção Estratégica do Exército (SIPLEx) e em alinhamento com o Sistema de Doutrina Militar Terrestre (SIDOMT).
f. É o sistema responsável pelas atividades de formação da reserva mobilizável e de Adestramento da F Ter, estruturado pelo Sistema de Instrução Militar do Exército Brasileiro (SIMEB); pelo Programa de Instrução Militar (PIM); pelo Sistema de Simulação do Exército Brasileiro (SSEB); pelo Sistema de Prontidão Operacional (SISPRON) e pela Sistemática de Acompanhamento Doutrinário e Lições Aprendidas (SADLA). Conta, ainda, com sistemas de gerenciamento e de gestão, como o Sistema de Gestão do Preparo da Força Terrestre (GPrepFTer) e o Sistema de Apoio ao Planejamento (SAP).
g. Dentro do contexto da modelagem do SISOMT, o SUBPROGRAMA SISPREPARO é o responsável pelos seguintes projetos, conforme mostrado na figura 1. Estrutura Analítica da Divisão de Sistemas e Subprograma
4.2.5 ESTRUTURA DO SUBPROGRAMA SISPREPARO
a. O funcionamento do SISPREPARO depende do entendimento por parte dos C Mil A, G CmdoOp, GU e OM Op que compõem a F Ter sobre a importância de todos os componentes de sua estrutura que conduzem o Exército Brasileiro para o atingimento dos seus objetivos estratégicos a curto, médio e longo prazo.
b. A Força Terrestre deve orientar o seu preparo, condicionado às suas hipóteses de emprego (HE), por intermédio do SISPREPARO, em conformidade com a Estratégia Militar de Defesa, que define as HE em situação de guerra e em situação de não guerra, com os planejamentos do Ministério da Defesa e com as demandas da sociedade, naquilo que lhe couber.
c. O SISPREPARO deve, interagindo com o Departamento de Educação e Cultura do Exército Brasileiro (DECEx), indicar ao Sistema de Educação e Cultura do Exército Brasileiro qual o perfil profissional dos oficiais e praças egressos dos estabelecimentos de ensino militar necessário para a aplicação e evolução doutrinária no decorrer de toda carreira militar.
d. O SIMEB é o documento de mais alto nível do preparo da F Ter, tanto por ser o herdeiro e acólito dos fundamentos metodológicos da Instrução Militar do Exército Brasileiro, como pelo seu caráter normativo. É revisado e atualizado periodicamente, sempre que a doutrina militar assim o requerer.
e. O Programa de Instrução Militar, de periodicidade anual, é o principal instrumento executivo para a Formação da Reserva Mobilizável e para o Adestramento dos Sistemas e Funções de Combate da F Ter. Por meio do adestramento, as OM operacionais poderão alcançar os três níveis do ciclo de preparo da Força: a preparação orgânica, a preparação completa e a preparação específica. No caso da preparação específica, essa ocorrerá por demanda do SISEMP ao SISPREPARO, após o recebimento de uma missão específica para operações de guerra ou não guerra.
f. O SISPRON é encarregado de planejar, coordenar e controlar, em estreita ligação com o SISEMP e os C Mil A, a manutenção do nível de adestramento denominado "preparação completa" atingido por forças selecionadas – Forças de Prontidão (FORPRON), disponibilizando tropas com poder de combate, avaliadas e certificadas em sua capacitação operacional, para uma requisição oriunda do SISEMP.
g. O Sistema de Simulação do Exército Brasileiro (SSEB) é o sistema que orienta a F Ter quanto ao desenvolvimento dos simuladores no EB. É o sistema que proporciona maior rendimento no treinamento, com expressiva economia de recursos financeiros.
h. O Sistema de Gestão de Preparo da Força Terrestre (GPrepFTer) é um sistema informatizado que contém dados sobre o desempenho das Organizações Militares, GU e GCmdo. É o sistema que facilitará a tomada de decisão nos vários níveis de comando do EB.
i. O Sistema de Apoio ao Preparo (SAP) é um sistema informatizado, criado em 2015, onde a Chefia do Preparo da F Ter realiza o Planejamento do Adestramento Avançado e Outras Atividades, com a participação online dos C Mil A e a assistência do ODG e dos ODS.
4.2.6. ATRIBUIÇÕES
4.2.6.1. EME
a. Elaborar e manter atualizadas as Políticas da Doutrina e da Concepção Estratégica do Exército;
b. Coordenar os planejamentos das atividades do Departamento de Educação e Cultura do Exército, do Departamento-Geral do Pessoal, da Secretaria de Economia e Finanças e do Comando Logístico que impactam de forma direta no emprego da Força Terrestre;
c. Prover os recursos orçamentários de forma que, quando do emprego da Força Terrestre, não venha a sofrer solução de continuidade de meios.
4.2.6.2. COTER
a. Manter atualizado o Sistema de Instrução Militar do Exército Brasileiro (SIMEB), em conformidade com a evolução da Doutrina Militar Terrestre e em atenção à Concepção Estratégica do Exército;
b. Manter o Estado-Maior do Exército informado das limitações do emprego da Força Terrestre quando das restrições orçamentárias;
c. Coordenar as execuções das atividades do Departamento de Educação e Cultura do Exército, do Departamento-Geral do Pessoal, do Comando Logístico e dos Comandos Militares de Área que impactam de forma direta no planejamento do emprego da Força Terrestre;
d. Coordenar com a Chefia do Emprego da Força Terrestre e com os Comandos Militares de Área o Preparo Específico da Força Terrestre;
e. Elaborar o Programa de Instrução Militar (PIM);
f. Descentralizar os recursos financeiros previstos para o preparo da F Ter;
g. Manter parte da F Ter em prontidão, particularmente as FORPRON, conforme planejado pelo SISPRON;
h. Gerar as forças solicitadas pelo SISEMP, em harmonia com o SIDOMT;
i. Orientar a F Ter quanto a simulação de combate, conforme o planejado pelo SSEB;
j. Coordenar Câmaras Setoriais Temáticas, em harmonia com os demais Sistemas da Alta Administração, visando soluções matriciais que atendam ao SISPREPARO;
k. Contribuir com o Estado-Maior do Exército na atualização da Concepção Estratégica do Exército e na Doutrina.
4.2.6.3. Comandos Militares de Área (C Mil A)
a. Contribuir com a evolução doutrinária operacional por meio do SIDOMT e da SADLA;
b. Atender às diretrizes emanadas pelo SISPREPARO, a fim de manter a FTer em elevado estado de Adestramento e de Prontidão para operações de guerra e não guerra, visando permitir ao SISPRON o atendimento das necessidades contidas nos PEECFA;
c. Manter ajustados os canais técnicos entre o SISPREPARO e a F Ter com vistas ao preparo e à evolução doutrinária;
d. Participar, em coordenação com o COTER, das Câmaras Setoriais Temáticas, em harmonia com os Sistemas da Alta Administração do Exército, visando soluções matriciais que atendam o SISOMT;
e. Planejar e executar as atividades previstas no SISPREPARO;
f. Manter o Comando de Operações Terrestres informado de suas necessidades em recursos humano e logístico;
g. Planejar e executar as atividades previstas no SIMEB e no PIM, nos respectivos escalões, de acordo com as orientações neles contidas e contribuir com a evolução doutrinária da F Ter. Cumprir o estabelecido no Planejamento Anual do Adestramento Avançado e Outras Atividades.
4.2.6.4. Organizações Militares
a. Planejar e executar as atividades previstas no SIMEB e no PIM;
b. Atender as demandas de seus respectivos Comandos Militares de Área.
4.2.7. ORGANOGRAMA
4.2.8. PROJETOS
O PREPARO é definido pela visualização do emprego da força terrestre.
O SUBPROGRAMA SISPREPARO atende a todos os projetos criados dentro do programa SISOMT (figura 14), com destaques para os seguintes (figura 15):
a. Centros de Adestramento:
“A simulação de combate no Exército Brasileiro tem início na década de 1990, com a implementação dos primeiros dispositivos voltados para o adestramento dos Estados-Maiores de Divisões e Brigadas. Já nos anos 2000, graças à modernização da frota de helicópteros e blindados, o emprego de diferentes simuladores para o treinamento de operadores se difundiu no âmbito da Força Terrestre (F Ter), principalmente nos Centros de Instrução (CI).
As capacidades exigidas pelo moderno campo de batalha potencializaram a necessidade de também adequar o adestramento das tropas. Para isso, orientado pelo Processo de Transformação do Exército e seguindo o êxito dos CI, foi concebida a criação de modernos Centros de Adestramento (CA), voltados para o adestramento de tropas e a certificação destas para emprego pela F Ter.” (texto extraído do histórico do CA-SUL).
A fim de operacionalizar a decisão, o Estado-Maior do Exército (EME) considerou as propostas dos Comandos Miliares de Áreas, amplamente discutidas na antiga 1ª Subchefia do COTER, atual Chefia do Preparo. A implantação dos CA passou a fazer parte do Programa Estratégico Estruturante (PEE) “Novo Sistema Operacional Militar Terrestre – SISOMT”, a cargo do Comando de Operações Terrestres (COTER).
- Centro de Adestramento Sul (CA-SUL - Santa Maria – RS); (figura 16. CA-SUL - SIMACEM e figura 17. Pórtico de acesso ao CA-SUL);
- Centro de Adestramento Leste (CA-LESTE - Vila Militar/Rio de Janeiro – RJ); (figura 18 – CA-LESTE e figura 19: readequação das instalações do CA-LESTE).
- Centro de Instrução de Operações Urbanas (CIOU - Campinas – SP). (figura 20 – área de instrução do CIOU e fig 21. Área a ser construída em 2024)
- GPrepFter. (figura 22 – módulos do sistema)
A partir de 2024 o Programa SISOMT incorporará o Centro de Adestramento da Amazônia (CA-AMAZÔNIA) e o Centro de Formação de Reservistas (CFR-MANAUS – AM); (figuras 23, 24 e 25)
Todos os projetos seguem rigorosamente as normas preconizadas na PORTARIA Nº 1180 - EME, de 30 de outubro de 2023 EB: 64535.023281/2023-18, que aprova as Normas para Elaboração, Gerenciamento e Acompanhamento de Projetos no Exército Brasileiro – NEGAPEB (EB20-N-08.001), 3ª Edição 2023.
Figura 15. Projetos do SUBPROGRAMA SISPREPARO
Centro de Adestramento Sul
Figura 16. CA-SUL-SIMACEM
Figura 17. Pórtico de acesso ao CA-LESTE
“O Centro de Adestramento-Sul (CA-Sul) foi concebido para ser uma Organização Militar (OM) voltada para contribuir para o adestramento de tropas de qualquer natureza, preferencialmente blindadas e mecanizadas da Força Terrestre, e na certificação dessas tropas para seu emprego, considerando o amplo espectro das Operações Militares e a imitação do combate, utilizando os meios de simulação de combate.
A criação de um Centro de Adestramento em Santa Maria foi fruto de estudos do Comando do Exército iniciados em 2010, focando nas tropas blindadas e mecanizadas, com os trabalhos iniciais para implantação sob responsabilidade do Comando Militar do Sul (CMS), considerando a expertise desse Comando no emprego desses meios e por concentrar a maioria das tropas dessa natureza a ele subordinadas.
Por ser uma OM considerada inovadora no contexto do Exército Brasileiro e embora criada em 2014, o CA-Sul é atualmente uma OM em implantação. O Subprojeto de Implantação do Centro de Adestramento-Sul faz parte do Projeto SISPREPARO, que integra o Programa Estratégico do Exército Modernização do Sistema Operacional Militar Terrestre - PEE SISOMT, sob responsabilidade do COTER.
O CA-Sul está subordinado ao Comando Militar do Sul (CMS), com vinculação operacional para fins de atividades de adestramento ao COTER (também Autoridade Patrocinadora do Projeto), com vinculação técnico-pedagógica ao Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), por intermédio da Diretoria de Educação Técnica Militar (DETMil), sendo o Comandante da 3ª Divisão de Exército (3ª DE) o Gerente do Projeto e o Cmt do CA-Sul seu Gerente Executivo.
As primeiras certificações de tropas do Sistema de Prontidão do Exército (SISPRON) ocorreram no ano de 2020, com a participação do CA-Sul.
Em 2021, o Centro recebeu a denominação histórica de CENTRO GENERAL DE EXÉRCITO GERALDO ANTONIO MIOTTO, em reconhecimento ao insigne chefe militar.
Atualmente, apesar de estar na 2ª fase de seu processo de implantação, o CA-Sul cumpre sua missão de contribuir para o adestramento e a certificação das Forças de Prontidão do Exército Brasileiro, realizando entregas previstas para fases futuras do projeto.
As certificações envolvem três tipos de simulação: construtiva, virtual e viva, que estão explicadas no portal do CA-SUL.
O Simulador de Apoio de Fogo (SIMAF) tem por missão adestrar Grupos de Artilharia de Campanha e Pelotões de Morteiro Pesado 120mm orgânicos das Unidades de Infantaria e Cavalaria, bem como observadores avançados, além de possibilitar a execução de Exercícios de Planejamento e Coordenação de Fogos no âmbito Artilharia Divisionária e Comando de Artilharia de Exército. Tem como objetivo específico adestrar militares na função de apoio de fogo, empregando uma mescla de simulação viva, virtual e construtiva.
CA-SUL! ADESTRAR PARA VENCER!” (texto extraído do histórico do CA-SUL)
Informações mais completas podem ser encontradas na intranet do Centro: http://intranet.casul.eb.mil.br/intranet/ ou diretamente na internet: https://www.casul.eb.mil.br/
link da intranet 10.12.116.9
Centro de Adestramento Leste
Figura 18. CA-LESTE
Fig 19. Readequação das instalações do CA-LESTE
O Centro de Avaliação de Adestramento do Exército (CAAdEx) foi criado pela Portaria Ministerial nº 525, de 21 de agosto de 1996, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), vinculado ao Comando de Operações Terrestres, para efeito de orientações e supervisão de avaliação de adestramento e subordinado diretamente ao Comando Militar do Leste.
Situado na Vila Militar, o Centro recebeu a denominação histórica de “Centro de Avaliação de Adestramento General Álvaro Braga” em homenagem ao General Álvaro Alves da Silva Braga. Foi um militar dedicado e empenhado nas atividades de instrução da tropa, vindo ainda como capitão a escrever o livro “Problemas de Instrução” que, pela primeira vez, organizou um programa pormenorizado de instrução para unidades de infantaria. Na opinião de companheiros à época, um verdadeiro “guia para capitães”. Destacou-se ainda, na Revolução Comunista de 1935, comandando uma Companhia de Metralhadoras; na 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária da Força Expedicionária Brasileira na Itália, durante a 2ª Guerra Mundial e no comando da Força Interamericana de Paz em São Domingos, entre outras.
Em 13 de outubro de 2017, por determinação do Comandante do Exército, passou a denominar-se Centro de Adestramento - Leste (CA - Leste). Essa mudança marcou a inserção de novas capacidades à unidade, tornando-a plena na condução das três modalidades de Simulação de Combate: Simulação Viva, Virtual e Construtiva, as quais estão descritas no portal do CA-LESTE.
Apesar de ser uma organização militar com pouco mais de duas décadas de existência, já realizou inúmeras atividades de relevância para a Força Terrestre, participando do treinamento de mais de 47.000 militares ao longo dos seus 26 anos, onde é possível destacar:
- Exercícios de Simulação Construtiva (Jogos de Guerra) para militares da ESAO e ECEME.
- PCI (Pedido de Cooperação de Instrução) para militares da ESAO e ECEME.
- Diversas certificações das unidades de emprego peculiar, como tropas blindadas, paraquedistas, aeromóveis, unidades de selva etc.
- Estágios setoriais de Observador e Controlador do Adestramento (OCA).
- Manobras escolares da ESA e AMAN.
- Exercícios de Simulação Virtual da Subunidade da Operação Culminating (Exercício combinado entre Brasil e Estados Unidos da América, ocorrido nos Estados Unidos em 2020).
- Preparo de mais de 5 mil militares das tropas do Comando Conjunto, no contexto da Intervenção Federal no Rio de Janeiro, no ano de 2018.
O Centro de Adestramento Leste conta com o que há de mais moderno em equipamentos de simulação de combate no Brasil, que são os Dispositivos de Simulação e Engajamento Tático (DSET), dispositivos acoplados ao armamento e capacete e que transmitem sons e informações próximos a uma situação de combate real. Dessa forma, pode-se avaliar os níveis de adestramento de determinada tropa, valendo-se de dados quantitativos e qualitativos; o que permitiu contribuir para a evolução doutrinária das unidades e tropas adestradas, além de possibilitar maior economicidade dos meios de adestramento empregados, por meio da utilização de munição de festim.
Nesse sentido, em um contexto em que o Exército Brasileiro é frequentemente empregado em operações de Garantia da Lei e da Ordem, de norte a sul do país, o Centro de Adestramento Leste segue contribuindo para o preparo da Força Terrestre na condução do adestramento de tropas, visando ao emprego em operações de amplo espectro dos conflitos, aos níveis mais próximos da realidade e por meio da simulação de combate. .” (texto recebido do CA-LESTE)
Informações mais completas podem ser encontradas na intranet do Centro: http://intranet.caleste.eb.mil.br/ ou diretamente na internet: https://www.caleste.eb.mil.br/
Centro de Instrução de Operações Urbanas - CIOU
Figura 20. Área de instrução do CIOU
Fig 21 . Área a ser construída em 2024
O CIOU foi criado em 2006 como um Subunidade Escola do 28° BIMec, em Campinas, com a missão de capacitar os militares da Força Terrestre no combate em operaçõe
ara os militares nas situações de guerra e não guerra e utiliza Táticas, Técnicas e Procedimentos (TTP) para s urbanas. O CIOU prepcapacitar os militares na intervenção federal de 2018, na preparação de tropas para missão de paz (Haiti), entre outras atividades de garantia da lei e da ordem. Durante o ano de instrução o CIOU ministra cerca de 10 estágios e atende a aproximadamente 20 pedidos de cooperação de instrução das Forças Armadas, atualizando mais de 1500 militares no combate urbano. Além das atividades específicas de GLO. o CIOU é também um Centro de produção de Doutrina. A chegada das viaturas blindadas Guarani incrementou a capacidade de preparo dos militares, agregando poder de combate à tropa, sendo doutrinário no combate moderno quando se fala de ações urbanas
Em 17 de fevereiro de 2005, por meio da Portaria N° 062-EME, foi criado o Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem (CI Op GLO), com sede na cidade de Campinas-SP. Suas atividades tiveram início como Núcleo, em 1° de março de 2005, nas instalações do Comando da 11ª Brigada de Infantaria Leve.
A Diretriz para a Implantação do Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem, foi aprovada pela Portaria N° 042-EME, em 1º de junho de 2005, com a finalidade de atender as demandas das 11ª Brigada de Infantaria Leve, face ao seu emprego precípuo em Operações de GLO.
Em 14 de junho de 2005, a Portaria Nº 041-SEF, desvinculou administrativamente o Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem do Comando da 11ª Brigada de Infantaria Leve, vinculando-o ao 13º Regimento de Cavalaria Mecanizado, sediado na cidade de Pirassununga-SP, onde deveria ocupar as instalações do extinto 11° Esqd C Mec.
Passados quatro meses, a Portaria N° 063-SEF, de 24 de outubro de 2005, desvincula administrativamente o Núcleo do Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem do 13° Regimento de Cavalaria Mecanizado, vinculando-o novamente ao Comando da 11ª Brigada de Infantaria Leve.
Em 5 de setembro de 2006, o Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem foi extinto com a publicação da Portaria Nº 610, do Comandante do Exército. Porém, em 29 de novembro de 2006, a Portaria Nº 210-EME, publica a aprovação da Diretriz para a Implantação do Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem, no 28º Batalhão de Infantaria Leve.
No ano de 2005, o Núcleo do Centro de Instrução de Garantia da Lei e da Ordem, trabalhou na busca de conhecimento e metodologia de ensino acerca das operações de GLO, e também, na estruturação administrativa de um estabelecimento de ensino acerca da aquisição de material e de pessoal.
Nos anos seguintes de 2006 e 2007, o CI Op GLO, prosseguiu com a sua missão de desenvolver a doutrina referente às operações de garantia da lei e da ordem, com a confecção de notas de aula, cadernos de instrução, cadernetas e toda a documentação de ensino com vistas à criação dos estágios gerais.
Também houve a preocupação em padronizar as técnicas, táticas e procedimentos em operações de garantia da lei e da ordem, com a preparação e especialização do corpo docente, através de pesquisas, intercâmbios, pedidos de cooperação de instrução e diversos estágios realizados em outros estabelecimentos de ensino.
Antes da aprovação e criação dos estágios gerais de Operações de Garantia da Lei e da Ordem, que ocorreu em 2008, nos anos de 2006 e 2007, o CI Op GLO ministrou estágios de área de Operações de Garantia da Lei e da Ordem, Operações de Controle de Distúrbios, Gerenciamento de Crise e Negociação, Ações Táticas e contribuiu com a capacitação das tropas da 11ª Bda Inf L, em operações de GLO.
No dia 3 de abril de 2007, as Portarias Nº 027 e 029 do EME, criaram os Estágios Gerais de Operações de Garantia da Lei e da Ordem, para Oficiais e Sargentos, respectivamente, com a duração de 5 semanas presenciais, sendo uma semana para a seleção complementar e medidas administrativas e quatro semanas de instrução.
Conforme a publicação na Portaria nº 605, do Comandante do Exército, de 5 de setembro de 2006, o 28º BIL tornou-se uma Unidade de emprego peculiar em Operações de Garantia da Lei e da Ordem e com o CI Op GLO, passou a integrar o Sistema de Educação do Exército Brasileiro.
Em de 13 de dezembro de 2017, o CI Op GLO, foi reconhecido como Instituto de Educação Superior, de Extensão e de Pesquisa (IESEP), conforme a Portaria nº 1.718, do Comandante do Exército, fato que possibilitou as escolas militares contarem com este estabelecimento de ensino, como proporcionador de matéria eletiva a seus alunos.
Com a implantação do CI Op GLO, o 28º BIL, passou a cooperar com o desenvolvimento da doutrina militar terrestre, no nível tático, em operações de garantia da lei e da ordem, tendo a frente o CI Op GLO ministrando diversos estágios, todos voltados à capacitação de oficiais e praças, passando a difundir as TTP de GLO, no âmbito Forças Armadas e ainda cooperar com o treinamento de órgãos de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
O objetivo principal da capacitação dos militares, pelo CI Op GLO, é a atuação como multiplicadores, repassando as atualizações da doutrina e padronizando as técnicas, táticas e procedimentos em todas as unidades da federação, proporcionando uma capacidade operativa uniforme em um eventual emprego em Operações de Garantia da Lei e da Ordem.
A partir de 2018, em cumprimento ao estabelecido no PEEx 2017/19, o CI Op GLO iniciou sua reestruturação com vistas a estabelecer-se como Centro de Instrução de Operações Urbanas (CIOU) ampliando seu escopo de atuação.
Seguindo a constante linha de evolução, que proporciona à Força Terrestre transformar-se para suprir as necessidades da defesa nacional, o Exército Brasileiro, através do Plano Estratégico do Exército 2020-2023, em seu Objetivo Estratégico Nº 5, previu modernizar o sistema operacional militar terrestre no campo de preparo e emprego.
Com a estratégia do aperfeiçoamento e o preparo da Força Terrestre, o Exército propôs a reestruturação do Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem, com o objetivo de atingir um espectro mais amplo em operações militares, acompanhando a tendência mundial da guerra dentro das cidades, de forma que pudesse suprir uma lacuna que é a doutrina especializada em operações urbanas.
A Portaria-EME/C Ex Nº 623, de 24 de dezembro de 2021, aprovou a Diretriz de Implantação do Projeto de Transformação do Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem para Centro de Instrução de Operações Urbanas, no 28º Batalhão de Infantaria Leve (Campinas-SP).
Em 14 de julho de 2022, as Portarias Nº 806 e 807-EME/C Ex, extinguiram os Estágios de Operações de Garantia da Lei e da Ordem, para Oficiais e Sargentos, respectivamente.
Também, em 14 de julho de 2022, as Portarias 808 e 810-EME/C Ex, criaram os Estágios de Operações Urbanas, para Oficiais e Sargentos, respectivamente, com a duração de oito semanas, sendo duas semanas EAD e seis semanas presenciais.
Além dos estágios gerais, o CIOU ministra anualmente diversos estágios setoriais, estágios de área, estágios para órgãos de segurança pública. Também, realiza e atende pedidos de cooperação de instrução em diversos estabelecimentos de ensinos, e contribui na capacitação em operações urbanas das tropas da 11ª Bda Inf Mec, 12ª Bda Inf L e Bda Inf Pqdt.
Desde a sua criação, o CIOU participou da capacitação em TTP para contingentes na preparação para a missão de Paz do Haiti, na preparação específica de Quadros das tropas empregadas nas Operação ARCANJO (Complexo da Penha e Alemão, em 2010-12), Operação SÃO FRANCISCO (Complexo da Maré, 2014-15) e Operação FURAÇÃO (Rio de Janeiro, 2017-18), Copa do Mundo 2014 e Jogos Olímpicos 2016.
Nos 18 (dezoito) anos de existência, o CIOU capacitou mais de 5.700 (cinco mil e setecentos) militares das Forças Armadas, Nações Amigas e órgãos de Segurança Pública, em Operações de Garantia da Lei e da Ordem e em Operações Urbanas em situação de guerra e não guerra.
Figura 22. Módulos do sistema
O Sistema de Acompanhamento e Validação da Operacionalidade (SIS- TAVOP) foi desativado. A nova ferramenta que vai substituí-lo se chama Gestão do Preparo da Força Terrestre (GPrepFTer).
Este sistema de gestão tem como objetivo facilitar e auxiliar a execução das atividades relativas à Instrução Militar (IM), para que, assim, alimentando a base de dados do sistema com informações reais, seja possível gerar relatórios para a análise e apreciação das autoridades competentes, sobre a execução do PIM em curso.
Outra possibilidade é a de integração com os demais sistemas corporativos do Exército, como o Sistema Integrado de Gestão e Logística - SIGELOG, o SISBOL, sistemas do DGP e do EME, entre outros.
O GPrepFTer já está em utilização, no âmbito do CMP, como forma de testá-lo e/ou aperfeiçoá-lo e, após a fase de teste, terá a sua implantação de forma gradativa junto aos demais C Mil A.
O GPrepFTer foi concebido para possibilitar o planejamento da instrução militar, em diferentes níveis, permitindo a confecção dos seguintes documentos de forma digital: Quadro de Distribuição da Instrução (QDI); e Quadro de Trabalho Semanal (QTS). Além destes documentos o sistema permite a execução dos processos de planejamento e execução do QTS, do TAT e do TAF, assim como permite, ainda, a geração de relatórios do andamento da instrução militar, notas para publicação de resultados do TAF e TAT, planos de segurança da instrução, entre outros.
Os gestores de mais alto nível conseguirão obter informações menos detalhadas, no entanto, precisas sobre o desenvolvimento da IM de determinada RM ou C Mil A, possibilitando a intervenção, em tempo oportuno, com vistas à correção e/ou redirecionamento do preparo desta fração, para que ela atinja os níveis necessários para emprego.
CFR-MANAUS
Figura 23. CFR-MANAUS
Figura 24. Área do CFR-MANAUS
“O Centro de Formação de Reservistas da Guarnição de Manaus, idealizado em 2020 pelo General de Exército Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, então Comandante Militar da Amazônia, teve seu projeto-piloto no Núcleo de Formação de Reservistas, nas instalações do 1º Batalhão de Infantaria de Selva (Aeromóvel), com início das atividades em janeiro de 2021.
A nova Organização Militar foi criada através da Portaria N° 529 do Estado-Maior do Exército, de 22 de Setembro de 2021, com o objetivo de desonerar as organizações militares do Comando Militar da Amazônia, na Guarnição de Manaus, centralizando e padronizando a execução da instrução individual básica em uma única estrutura.
Com uma nova sistemática de execução do serviço militar inicial, o recém-criado Centro de Formação de Reservistas visa não apenas a formação básica dos soldados do Efetivo Variável, mas também, dos Oficiais médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários temporários, Oficiais Técnicos Temporários, Sargentos Técnicos Temporários e Cabos Especialistas Temporários.
A formação dos diversos estágios de militares temporários é realizada em seis Semanas de instrução, sendo dividida em duas fases. A primeira fase possui duração de duas semanas em regime de internato, com foco na Adaptação à Rotina Militar e Instrução Individual Básica. A segunda fase, foca na instrução Geral, Técnica e Administrativa.
Os soldados do efetivo variável realizam a formação em 10 semanas de instrução, divididas em 3 fases. A primeira delas, possui duração de 4 semanas em regime de internato, compreendendo toda a Instrução Individual Básica. A segunda fase compreende o Estágio Básico do Combatente de Selva, com duração de uma semana, período no qual são ministradas instruções práticas no terreno, visando a sobrevivência do combatente no ambiente amazônico. Por fim, na terceira fase, os militares recebem as instruções individuais de qualificação comum e passam pelo Período de Adestramento Básico em Garantia da Lei e da Ordem.
Ao todo, desde o projeto-piloto, o CFR Gu Manaus conduziu a formação de mais de 2472 militares temporários, contribuindo assim, para o aumento da prontidão da Força Terrestre na área estratégica da Amazônia.
Centro de Formação de Reservistas.... O PIONEIRO -- SELVA!!!!
(texto obtido do CFR-MANAUS)
CA-AMAZÔNIA
Fig 25. Área do CA-Amz / CFR-MANAUS
O Centro de Adestramento Amazônia (CA-AMAZÔNIA) já possui uma Diretriz de Iniciação e o EVTEA está em fase de aprovação pelo EME. Após a aprovação deste documento dar-se-á a elaboração da Diretriz de Implantação, pelo EME, e o desenvolvimento do Projeto do CA pela equipe constituída.
A partir de 2024 o CA-AMAZÔNIA faz parte do Programa SISOMT, sendo inserido no PEEx 2024-2027 (no OEE 4 – Aperfeiçoar o SISOMT, item 4.2 – Aperfeiçoamento da Força Terrestre, Ação Estratégica 4.2.3 – Aperfeiçoar a sistemática de instrução com ênfase no Efetivo Variável, Iniciativa Estratégica 4.2.3.3 – Prosseguir na implantação do CFR-MANAUS, de forma integrada à criação e implantação, nas mesmas instalações, do CFR-MANAUS (Manaus-AM)).
Antes mesmo da publicação do PEEx 2024/2027 já foram iniciadas as tratativas sobre a criação do Centro de Adestramento. Em 20 de dezembro de 2023 foi realizada a primeira reunião, por meio de videoconferência, com a apresentação da equipe de projeto do CMA, militares da 12ª RM, da CRO 12 e do CFR-Manaus. Na oportunidade foram passadas algumas orientações sobre a importância das Diretrizes de Iniciação e de Implantação e do EVETEA, como forma de garantir o desenvolvimento do projeto da melhor forma possível e com a aplicação de recursos de forma coerente e consciente. Também foi abordada a necessidade da memória de toda a documentação, antes mesmo da publicação das Diretrizes e do Estudo de Viabilidade, assim como a autuação desta e de todos os demais documentos.